Criado em domingo, 02 junho 2013 23:10

 

Tânia Cortez, à Freguesia:

Considerando as especificidades do nosso concelho - o facto de ser organizado administrativamente por apenas uma freguesia - e isto implicar coincidência geográfica entre as ações desenvolvidas pela Câmara e a Junta de Freguesia, o que sistematicamente inferioriza e subordina a intervenção da Junta no desenvolvimento da política local, a CDU propõe dotar a junta de uma área de intervenção específica: Propomos que a Junta de Freguesia assuma a área social como prioridade de ação.

Defendemos que seja este órgão, antes de mais pela proximidade com as populações, a linha da frente no que toca às questões sociais. Esta possibilidade visa desburocratizar, simplificar e aproximar a relação entre os munícipes e o poder local. A Junta deverá assumir as valências sociais que estão neste momento sob a alçada da Câmara, assegurar a coordenação com as outras estruturas dedicadas a esta questão na cidade, especificamente as IPSS, que desempenham um papel fundamental no apoio às populações e simultaneamente desenvolver uma relação estreita com a Câmara e eventualmente o poder central no sentido de resolver questões de carácter social que ultrapassem as suas competências

A Junta deve assumir um papel importante no que toca à auscultação da população, à apreensão dos seus problemas, pela disponibilização de formas simples e acessíveis de recepção dos munícipes mas também ser parte ativa no diagnóstico dos problemas sociais da cidade, ter uma ação crítica, detetando no terreno as suas principais contrariedades.

A Junta de Freguesia é entendida pela Constituição como a estrutura do poder autárquico mais próxima das populações, e é este papel privilegiado que deve efectivamente assumir.

 

 

Concretamente, em S. João da Madeira é necessário reforçar o orçamento da Junta, para um valor muito mais significativo e que lhe permita autonomia e real capacidade de intervenção – propomos uma alteração efectiva de valores que passem dos actuais 387.000 euros para um valor próximo dos 2 milhões de euros. Um valor que dependerá apenas da redistribuição do orçamento autárquico.

Para que seja possível:

Estes são dois dos pontos escolhidos que nos parecem fundamentais no contributo para o desenvolvimento das condições de vida das populações, entre outros que se tornaram evidentes no decurso do mandato autárquico. Todos obrigarão a uma alteração radical das prioridades do poder local, assumindo as carências efectivas da população, num momento específico, particularmente difícil para o país e que se repercute de forma evidente na forma de vida das pessoas.